Da última vez que o vi, dizia sentir frio. Havia uma grossa coberta sob seu fino corpo. Mas mantas não aquecem almas. Infelizmente, palavras também não. E o frio perdurou por mais algumas semanas, até que seu corpo aqueceu, e o coração aquietou. Ficou tão calmo, que adormeceu.
Despertei.
A casa vazia é cheia de sua presença. Na garrafa de café, faz-se notar seu rastro pelo físico e ausência pelo conteúdo. Não mais haverão pães com queijos quentes. Não daquele jeito. O bolo comprado “procê, fia” não estará mais presente nas tardes.
Pergunto-me como pode o silêncio soar tão alto nesta sala? Procuro um assobio longe, mas não o escuto. De repente, meu coração dispara, e é ele quem me faz ouvir um tamborilar na mesa, como aquela velha canção orquestrada pela presença de sua voz: "oi...ai...". Mas é só meu coração. Você não está.
A saudade me faz vê-lo abrir a porta e procurar o movimento da rua, para tentar por fim ao seu sossego... Mas ele sempre esteve dentro de ti, e foi levado contigo.
Lembro-me de mexer em seus cabelos e pequenos fios, como neve, caírem ao chão. "Por quê?", me dizia em um olhar. E depois deitava, e deixava desprender sua alma aos poucos.
Um dia, ela tomou velocidade e partiu, a parte que lhe pertencia, deixando a outra no vago olhar que buscava: "onde está o meu José?".
Pergunto-me como pode o silêncio soar tão alto nesta sala? Procuro um assobio longe, mas não o escuto. De repente, meu coração dispara, e é ele quem me faz ouvir um tamborilar na mesa, como aquela velha canção orquestrada pela presença de sua voz: "oi...ai...". Mas é só meu coração. Você não está.
A saudade me faz vê-lo abrir a porta e procurar o movimento da rua, para tentar por fim ao seu sossego... Mas ele sempre esteve dentro de ti, e foi levado contigo.
Lembro-me de mexer em seus cabelos e pequenos fios, como neve, caírem ao chão. "Por quê?", me dizia em um olhar. E depois deitava, e deixava desprender sua alma aos poucos.
Um dia, ela tomou velocidade e partiu, a parte que lhe pertencia, deixando a outra no vago olhar que buscava: "onde está o meu José?".
Todo o sempre que passo por aquela porta, espero você voltar da rua. Por favor, não demore. Eu te amo.
15 comentários:
Olá!!!
Apesar de mto triste,adorei esse seu texto!Consigo sentir exatamente o q vc m dizia em prantos.Lindo,mas triste!
bj...
O seu texto está ótimo, escrito de maneira esplêndida, parabéns!
www.blogonauta1.wordpress.com
já aconteceu de comigo de acordar e não ter ninguem em casa, é tão... estranho...
Adorei seu texto, aliás seu blog inteiro. Você consegue passar sentimento atráves das palavras. Parabéns.
Abraços!
Pow.. bem lgl... romantico...
atraente seu texto =), embora triste.. esperançoso.. xD
EU SEMPRE ME PERCO UM POUCO EM RELATOS COMO ESSES QUE TRANSITAM PELO ABSTRATO! DO ALTO DA MINHA INCOMPREENSÃO, ME ATREVO APENAS A DIZER QUE SÃO BELAS PALAVRAS!
Belo texto. Triste, mas belo.
muito bom, gostei bastante,muito bom texto e melancólico tbm.
ola! seu blog ta mto legal! parabens e feliz pascoa
uau! que interessante mergulhar nas tuas sensações. Bom acompanhar o que tu sentes e transmites bem em palavras.
Deste outro sentido aos momentos que passate e, acredito, aliviaste a dor que talvez tenhas. Olhar o texto assim, pronto, faz com que a gente se veja fora da gente. É bom, não?
sucesso com o blog!
Você escreve muito bem, de uma maneira que prende a atenção.
Beijos!
www.cineretro.wordpress.com
Bonito, porém, triste. Infelizmente ou não, existe poesia na tristeza... contemplo o lírismo da minha e da tua falta.
Até breve =*
Bom blog, belo texto!
Passeando por ai, caí aqui.
Adorei o texto e o blog.
Tb moro nessa BElo Horizonte!!!
Bejinhos
Lindas palavras. E que dor tão sincera elas transmitem!
Você tem um talento incrível. Adorei conhecer este blog!
Voltarei com certeza!
Beijos!
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