Busquei sentidos que não havia
Gritei aos deuses o encontro do
entendimento.
Mas nada
Nada, nada!
Me ocorreu sair pelas ruas veloz
Adentrar becos sombrios
Beijar o homem
Despido do fato.
Mas nada
Nada, nada!
Resolvi não pensar
Me aventurar em ladeiras
Cegar-me às luzes
Esfolar meu querer
Mas nada,
Nada, nada!
Nada de tua força
A dizer que tudo importa.
Nada de mim em ti,
Nem um querer concreto.
Somente um nada,
Mais nada.
Nada de teu encontro.
Nada de tua chama.
Nada de quietude.
Meu fim.
10 comentários:
thanks for your comments.
constatação, após, a vida continua
Bom dia Fernanda.
Nessa noite enquanto eu dormia vc veio ao Viart e deixou as marcas de sua presença, o que deixou-me feliz.
Vejo que aqui existe um mundo maravilhoso de sentimentos, numa poesia muito agradável e de boa qualidade, e seu espaço é lindo, transmite tranquilidade. Obrigada por esses momentos.
Beijos.
Fernanda, eis uma súplica poética magistral! Como é bom te ler. Beijo
PS: Passa lá no Amigos tem outro beijo pra você.
Que delicadeza nas palavras minha amiga.. uma delicadeza envolvida em um tema "desesperador".. um convite a um abismo de de versos...
Sou deu Fã..! Como o sou desde os primeiros versos lidos..
sua busca um dia encontrará um fim...
Sem apagar a chama. Que o som da vida em brasa seja tua quietude...
Importante é questionar, o nada é apenas consequência, uma resposta, que está em frequente mudança. O que um dia foi nada, pode ser tornar eternidade!
Fernanda,
Um poema envolto num turbilhão de emoções!
Por vezes basta um gesto, um olhar, um simples sorriso... e tudo que desejamos acontece!
Doces beijos...
“Nada há de mais poderoso que uma idéia
Que chegou no tempo certo.”
Victor Hugo
Tenha uma semana maravilhosa.
Abraço
Sônia
lindo poema. de tantos nadas é feita a vida...
gde abraço.
Que poema perfeito!
Menina, estou passando visceralmente por isso... Obrigada por traduzir...
Será que um dia encontraremos a resposta, o "tudo"?
Bjo!
Paz.
Postar um comentário