Acordo aflita, outro sonho em ti. Dizias que de mim precisava, corri ao teu encontro, estendi as mãos. E você sorrindo me gritou: não! E eu chorei enlouquecida, sem razão clamei teu nome à penumbra da noite e já não sabia se dia era certo ou sonho. Revolvi a gaveta e vi a fotografia de quando encenamos felicidades. Nela, mãos estavam entrelaçadas.
Senti uma voz que dizia que subjeções enlouquecem mentes sãs. E outra vez tua presença a gargalhar o ópio de tristezas delirantes. E a cada lampejo sonoro, aterrorizava-me em uma busca de sentido retalhado, dissipado por abstrações que teimam em enraizar almas na terra a esta hora da madrugada.
Dissolvida a verdade em um copo de angústia que fraqueja a essência de perder o que não importa, vi um vulto a me olhar fixamente; a sugar o pouco de quietude que teima em deixar minha alma acesa. Tive medo do homem que bate na face uma loucura coletiva.
Orei a quem interesse tivesse, que queimasse o entorno que ronda as certezas. Sintonia das horas, passos impressos a edificar uma existência morta.
Senti uma voz que dizia que subjeções enlouquecem mentes sãs. E outra vez tua presença a gargalhar o ópio de tristezas delirantes. E a cada lampejo sonoro, aterrorizava-me em uma busca de sentido retalhado, dissipado por abstrações que teimam em enraizar almas na terra a esta hora da madrugada.
Dissolvida a verdade em um copo de angústia que fraqueja a essência de perder o que não importa, vi um vulto a me olhar fixamente; a sugar o pouco de quietude que teima em deixar minha alma acesa. Tive medo do homem que bate na face uma loucura coletiva.
Orei a quem interesse tivesse, que queimasse o entorno que ronda as certezas. Sintonia das horas, passos impressos a edificar uma existência morta.
Sonho saber que o irreal é ponte de atos sem reflexão.
É assim que se apresenta.
A eternidade é uma noite de outono em solidão.
13 comentários:
"Orei a quem interesse tivesse, que queimasse o entorno que ronda as certezas."
tanto a comentar...
mas...
bem...
vou ler mais vezes...
bju-te
Enraizar almas...Loucuras coletivas...raizes coletivas em loucas almas...Tudo faz muito outono. E a beleza de tal, me faz orar a quem quereste ou sobraste! (ta foda isso!)
Gente, arrasou muito.
Gritar pra ninguém cansa, acho que é por isso que a gente consegue a cura.
Ou não, vai saber.. rs..
:**
Sonhos... Devaneios dos desejos sem regras, sem dia, tarde, noite.
Qualquer momento.
Qualquer lugar.
Qualquer vontade.
Qualquer loucura.
Qualquer lucidez.
Sem cronologia.
Apenas devaneios.
Apenas desejos.
Quando a razão adormece!
É... Fe-fe.. Desta vez estamos em plena sintonia literária..
Tuas palavras traduziram muito do íntimo coração poente que embora firme, hesitante na fibra esbraveja romantismo... Clap-clap-clap...
De fato as palavras me identificaram realmente pessoalmente dizendo.. Clap-clap redobrado..
Como sempre lindo e profundo!
Ah menina, quanta inspiração!!!
Parabéns e bjsss!!!
O outono pode ser solitário.
perfeita esta sua poética, suave, cheia de emoção profunda.
òtima semana para você.
tenho novidades por lá.
beijosssssssssssssss
Belissimo texto poético!
Senti um tempo vazio de silenciosa brancura, toquei a ausência, o ventre da sombra, onde me transformei numa semente adormecida no enigma de uma negra solidão...
Beijos...
Uma vez me disseram que os sonhos são ensaios para a vida real, e os pesadelos são as maiores mentiras, será? Belíssimo texto! Beijo
"Sonho saber que o irreal é ponte de atos sem reflexão". Nossa Fernanda, me identifiquei muito com esse trecho, belas palavras. Ganhou mais um seguidor no seu blog. Bjus!
A nossa eterna busca do outro e o sentimento sempre constante de solidão.
Belo texto!
"dissolvida a verdade em um copo de angústia que fraqueja a essência de perder o que não importa."
Adorei!
Minha amiga.. que poema lindo..!!
E que profundidade...!
Como diz o poeta, "ser sábio é ser louco"...
Gostei muito mesmo dos versos... em especial:
"Sonho saber que o irreal é ponte de atos sem reflexão."
Parabéns!!
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