Caminha Feliciana, caminha. Seus pés não sabem o que diz teu pensar. O olhar estende a mão que quase toca, não fosse o movimento do mundo. Feliciana, em que rua está? Onde mora o sujeito escrito no papel dobrado em seu bolso? Vira uma, duas páginas, e nada de aliviar seu penar. Feliciana, é paliativo correr, o tempo é dono de si. Feliciana... Teu nome me lembra algo que tive a me assombrar as noites em que Eulália repousava descanso sobre mim. E agora digo: venha Feliciana, te abrigarei depois que a chuva cair. Mas o céu está tão negro que teimo em deixar nosso encontro para amanhã.
5 comentários:
Olá Fernanda!
Adorei esta prosa tão gostosa!
Ternos beijos para ti e tenha uma linda semana...
Uau""!!
Muito bom. Realmente tantas vezes nossos passos caminham por lugares vãos...e outras por lugares que nem sabemos bem onde estamos... Lindo!
beijos e bom dia!
Onde está Feliciana, Fernanda..? Em qual parte de você? E Eulália..?
E há tantas Felicianas por esse mundo fora!
Um lindo texto evocativo.
Triste Feliciana. =/
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