Desejo abismar-me em ti.
O chão, colo de repouso, não permite o encontro de meus pés. E permaneço desejo. Lanço-me em tua existência obscura - não de claridade, mas de ti ao meu encontro.
Abismo-te em mim.
Flutuamos insanos gestos ao ar sem que haja a captura de qualquer fragmento de sustentáculo. E ainda assim estendo o olhar e espero teu pouso.
O abismo de nós.
Só o ar preenche e aquece o entorno de meu corpo. Não há luz, não há calor. Somente imagens dispersas projetadas no escuro de meus olhos. Não há ninguém. Não há nada.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)