sábado, 31 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
A espera
Não me sento à frente da tv. Ando pela casa arrastando pensamentos e esquecendo meu corpo no movimento das horas. Já são muitas as passadas do ponteiro desde a espera daquele mês. Nada, nem um sinal, minha sina. Meu credo rogo a favor da passagem, da descida, da crença de ser impossível para o momento.
Chamo Carlos ao telefone, inquieto ele também:
- Apresse as armas, aponte as inquirições. Não há mais que se esperar. Avante ao encontro, ela teve sua chance final. Tola!
Chamo Carlos ao telefone, inquieto ele também:
- Apresse as armas, aponte as inquirições. Não há mais que se esperar. Avante ao encontro, ela teve sua chance final. Tola!
E Elza amanhece morta, ensaguentada, corpo em fétida decomposição.
- Agora é a sua vez.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Noite de Neon
Pintura: Sr. do Vale
2,50m x 1,50m
2,50m x 1,50m
Inspirado nas belas imagens do Senhor do Vale
Não bastasse a escuridão da noite, me vem agora a falta de azul-temperança destilado pelo sangue desejo de dias aflitivos. Um lampejo vermelho faz meu céu desmaiar em uma liquidez de eternos dizeres de amores. Fragmentos noturnos compõem uma paulatina desconstrução do amanhã. Por tudo, uma condenação presa a um pensar que lampeja -em neon- a desfaçatez de um caminho destinado a ruinas.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Feliciana
Caminha Feliciana, caminha. Seus pés não sabem o que diz teu pensar. O olhar estende a mão que quase toca, não fosse o movimento do mundo. Feliciana, em que rua está? Onde mora o sujeito escrito no papel dobrado em seu bolso? Vira uma, duas páginas, e nada de aliviar seu penar. Feliciana, é paliativo correr, o tempo é dono de si. Feliciana... Teu nome me lembra algo que tive a me assombrar as noites em que Eulália repousava descanso sobre mim. E agora digo: venha Feliciana, te abrigarei depois que a chuva cair. Mas o céu está tão negro que teimo em deixar nosso encontro para amanhã.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Cotidiano
Quantas pontas têm
as contas da linha de sua fita?
Mal estar, distração, jogo de cenas.
Sem laços feitos,
horizonte por sobre a gaveta
presente em cartas adormecidas,
a espera de um fatídico destino;
sina de um cotidiano
representativo
que faz, mas não deseja.
Que o outro seja
senhor de sua felicidade.
as contas da linha de sua fita?
Mal estar, distração, jogo de cenas.
Sem laços feitos,
horizonte por sobre a gaveta
presente em cartas adormecidas,
a espera de um fatídico destino;
sina de um cotidiano
representativo
que faz, mas não deseja.
Que o outro seja
senhor de sua felicidade.
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