Vem me contar notícias de lá. Vem me abraçar com a compreensão de quando me olha e lampeja: entendo. Sabe, os ares por aqui não são os mesmo de lá. Aliás, lá anda abafado. O tempo sempre cinza, o céu...nem existe mais! Agora é assim, a gente olha pra cima e não descreve. É.
Eu? Às vezes eu caminho na estrada, saí do acostamento. Gosto de ver os faróis brilharem aos meus olhos, e já que não venta, passo rente aos carros pra sentir a brisa das estrelas perto de mim. É engraçado...mas dói. E fica mais engraçado ainda... Ah, e por falar em estrelas, não acredito mais nas cadentes. Um segredo: elas não realizam desejos, me enganaram...você sorri? É verdade, pergunta praquela ali...
Um dia, eu vou conseguir. Sei que sim, viver assim não é bom. Mas dói, sabe?! De novo. É sempre assim....Ele? Ah ele me faz sorrir, é uma graça! Mas não me transcende a alma . É, eu sei. Mas o que que tem? Se fui eu? Não, não fui. Sim, é isso: que fizesse algo. Pois é.
Eu não sei. Não consigo. Está mesmo, e quando o tempo fica assim reflete em mim. Muito, muito mesmo. Não, não importa. Eu? Demais, todo dia sem faltar um. Ainda, até hoje. Foi. Não, não mais. Também acho, se fosse... Queria demais, ele iria adorar. Lembrei sim, e adivinha? Sempre.
Agora eu preciso ficar aqui. Eu sempre fico. É, deve ser por isso sim. Esconder? Não, engolir, até morrer com meu veneno. Até.