domingo, 2 de junho de 2013

Distonia do amanhã

tenho pressa. a vida termina amanhã. já não há saudade, ausência ou presença. a vida termina amanhã. assim, como começou...porque começou? porque ela termina amanhã? só sei que hoje é tarde; sempre é tarde para a vida terminar amanhã. 

são madrugadas, mas não as do dia em que o amanhã finda a vida; ou a vida finda a manhã? só sei que o céu vermelho, é o abismo contrário do que abismo é. já não sinto saudades. nem de sentir saudades. é o fim da razão, onde ela nunca existiu. 

(se acreditasse em outras vidas, meu amor, mataria a crença, só para descansar em paz. para sempre, sem ser)

às seis o galo cantou.
o sino tocou.
Ecoou.
Ecoou.
Ecoou: o incômodo das horas... às seis da manhã.

 
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Degustação Literária by Fernanda Fernandes Fontes is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.