A cobertura que se estende
Sobre meu sentir
É de palavras escudeiras
Que aquecem e alinham
Um desgovernado ser que sente
Em demasiada vivência.
Não é o manto que felicita
Um viver que cambaleia
Em pernas desnorteadas
Por um caminhar que cumplicia
A sombra; amar uma ideia
Não é amar um homem.
A dispersão desconexa
Argumenta uma enxurrada
De defesas que cuidam
De um corpo cansado
- não mente –
De pelos dias e futuro ser só
E desta solidão
Viver um nada.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Compras na Bienal do Livro de Minas
Como eu havia postado anteriormente, aconteceu em BH a Bienal do Livro de Minas. E eu, claro, não perdi. Até me excedi nas compras ( livros + stress = gastos), levei seis lindos exemplares para casa. E gastei pouco, o que foi maravilhoso!
Os três primeiros livros abaixo são literários, o seguinte comprei de presente para a Laís, e os dois últimos irão me auxiliar na monografia ( um arraso!).
Sabe quanto gastei? Menos de R$ 55,00... no próximo, estarei lá novamente!
E ah, fiquei triste por não ter encontrado neste mês o Carpinejar. Quando cheguei ao evento, ele já tinha ido embora...quero o Mulher Perdigueira já (qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência).
Tempo Psicanalítico - Psicanálise e Laço Social
quinta-feira, 13 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Quanto vale?
"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença."
Érico Veríssimo
Importa soltar palavras ao vento, como quem nelas não crê e as semeia ao terreno de pisar inverdades? Vale dizeres vãos, que insinuam caminhos que não serão percorridos, estradas de entendimentos batidos a pó e descaso? Por que felicitar o hoje apenas, sem pensar no que restará pela vida?
Não entendo porque tombas o olhar ao chão para comer migalhas. Não entendo o choro que teima em lavrar um rosto sulcado pelo cansado de se ver envolto às dobras que faltam a circularidade dos dias. A transitoriedade que reverencia uma indiferença que não tem outro motivo se não o de causar dor; eu não entendo.
O cansaço de ver um nome preso às horas diárias sem que valha algum mísero sabor, trás às mãos sangue frio que goteja um céu sem valor. A tristeza que existe, ao contrário dos antigos anos, revela a ideia de um homem não tangível, que despreza alegrias e cultiva frivolidades corriqueiras; um homem que mata fulminando indiferença e vive da alegria de seu ato.
terça-feira, 4 de maio de 2010
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