segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ode a parte da fruta

A tampa da laranja está perdida.

Justo ela, tão docinha, último prazer do fruto guardado.

A tampa redondinha caiu ao chão. E eu, pequenina, chorei, chorei.

A tampa da laranja e seu sabor de infância.

Se foi, e eu fiquei.

Grande!

16 comentários:

iILÓGICO disse...

grande!

e você? você é ainda. pra mim é.


bju-te menina

Leo Mandoki, Jr. disse...

Que coisa linda vc escreveu. Que coisa telentosamente linda! o melhor uso das metáforas está na invocação de imagens que não conseguem vir à tona...aí vem o escritor e suspende tudo com a força do mundo que ele traz nos punhos...é vc!
...
qnd eu era criança adorava sentar no meio-fio da calçada em frente a minha casa e chupar laranja sentindo o solzinho da manhã sobre o corpo...vc me fez regressar até lá.
um beijo e obrigado

Ocappuccino.com disse...

Calma Ferananda, o sabor de outras frutas você irá descobrir ainda.

Um beijo,
Mateus d'Ocappuccino

Fernanda Siqueira disse...

Não sei nem o que dizer de seus devaneios e saudades tão juntinhos nesse canto, tão meigo - a palavra mais próxima da doçura que senti ao ler-te, que pessoa leve em que tornas-te aqui, envolvida, apaixonada, inexplicavelmente criança e indiscutivelmente adulta, que sente e sabe, que oculta aromas e gostos divertidos nas entrelinhas, coloridas com cuidado, sentidas com fervor. Ahhh... Tão lindo, tão meigo. Me deu até vontade de ter uma laranja a meu lado nesse instante, pra mistura-la a saudade e sentir o sopro de suas palavras esconderem devagar e desajeitados em mim. Obrigada por esse momento. ^^ ADorei.

:.tossan® disse...

Dá saudade as vezes da tampinha, quem não tem? Nem que seja por um minuto. Lindo Fernanda!

Vâmvú disse...

Lindo! Saudades de um tempo que se foi...
Bjs

Catarina disse...

Que bacana hein?!!

Deu uma saudadezinha de comer laranja como na época de criança!

Poucas palavras mtas sensações.

A genti cresce.

Euzer Lopes disse...

Quando a tampa da laranja cai no chão, há três coisas a fazer.
Uma é lamentar a queda.
Outra é pegar atampa caída, lavar com água. O gosto vai ficar ligeiramente alterado, aguado, mas com um pouco de esforço, consegue-se perceber o doce gosto da laranja ainda. E aproveitar o momento.
E finalmente a terceira coisa a fazer: colher outra laranja e apreciar o doce gosto de sua tampa.

Aff disse...

Crescemos...

"...just like the guy whose feet are too big for his bed/nothin' seems to fit..."

A.S. disse...

Fernanda...

O tempo não passa! Nós é que passamos pelo tempo!

Gostei imenso da expressão poética do texto!!!

Beijos...

Anônimo disse...

Que gracinha gente!!

Laís Ponez

Flaveetcho disse...

Affe,
difícil que é crescer, gente. =X

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

sabores de infância..não esquecemos, ficam guardados e quando menos esperamos ...eis que volta e é um delícia sentir saudades doces.
beijossss
Apareça por lá.

Filipe M. Vasconcelos disse...

E hoje muita gente ainda lamenta... que a tampa da laranja se foi.. e por lamentar se esquece, que não é por que se está grande que a doçura da vida não esteja presente..

Mas que poema delicado minha amiga.. um poema que expressa o infantil com uma adultez e tanto..
Um beijo!

Sônia Brandão disse...

A infância perdida como a tampinha da laranja. E a gente nem sabia como dói crescer!
Beijo.

Luna disse...

hahaha...

Cara muito delicioso ler o que você
escreve parabéns...

Estarei passando aqui para degustar suas palavras...

bejos....

 
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