segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Alívio

Escrevo para morar em teu corpo. Para que me sinta a percorrer-te os sentidos e outros por descortinar. Meu toque ou som de fala são intensos e imperfeitos medos de transcrever sinais imprecisos, irracionais; desejos de coroar-te concreto de rascunhos lapidados com a precisão de suaves toques de ternura. Não sei amar em segredo, por isso escrevo. Para dar leveza aos dias em que saio a semear sorrisos colhidos em um brejo dormente de faces desconhecidas. Escrevo para te acordar e suavizar o sonho. Para respirar um ar comum, de sentir comum, de candura lacrimosa, que tomba meu corpo às cartas. Escrevo para que passe. E permaneça em mim.

6 comentários:

SILVANA PEDRINI disse...

Escrever nos alivia a alma!

Abraços

mfc disse...

É óptimo estar-se enamorado!

Carlos Ramos disse...

Escrever para morar, é preciso...

Anônimo disse...

Belas palavras.. Sinto-me reconfortada sempre que passo por aqui.
Bjinhos

:.tossan® disse...

Amar e escrever como você com esmero e poesia todo esse sentimento é sublime! Beijo

Filipe M. Vasconcelos disse...

Que definições lindas Nanda..

Escrever como aquilo que vai embora mas permanece, nasce, mas morre.. morre mas se recorda.. Escrever como permanência..!!! Se é alívio, não sei, mas que não conseguimos parar de escrever.. não conseguimos não..!!
E eu não consigo parar de lhe ler.. isso é fato..rsrs
Um beijo minha amiga!!

 
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