sábado, 6 de setembro de 2008

Palco de múltiplas verdades



Fiz de meu caos
caverna submergente deste instante.
Escondo-me não onde sei.
Onde não estou.
Ali, cujo alcance subterrâneo
me enterrei.
E onde ei de permanecer
até quando não mais sei.
Vez por outra
à tona venho
sem que eu permita.
E vasculho bugalhos
das migalhas que ainda restam.
Bosso velhas metáforas -
morfina instantânea de fugaz
quietude e calmaria.
Quantas 'inda serei?
Neste palco iluminado por sombras:
assassinas de uma verdade
morna e embasada...?


21 comentários:

Flaveetcho disse...

A gente esconde verdades e mostra verdade. A gente sempre poe máscaras. A gente sempre mostra muitas faces, porque apesar de sermos únicos, não somos um só.

:x

Euzer Lopes disse...

É o momento de reflexão. Quando a gente toma umas catracadas da vida e se esconde do mundo feito avestruz que enfia a cabeça sob a terra e fica lá esperando ter forças para erguer o pescoço e ir, com força total, em frente.

Anônimo disse...

"morma e embasada" termos bem rebuscados... gostei do poema!

www.blowgh.wordpress.com

Luly disse...

Muito bom!
Que bom que resolveu dividir com o mundo :)

Anônimo disse...

O fato de nos abstinar de algo, acaba não nos permitindo crescer como pessoa. Este poema traz um pouco disso, e nos faz refletir sobre como devemos agir, nos escondendo, ou então enfrentando as situações.

http://comideiaseideais.blogspot.com

Jota disse...

afffffffffffffffff

Portugal Preconceituoso disse...

gosteii muito parabens

visita meu http://novelasdatvi.blogspot.com/

ROBINSON ROGÉRIO disse...

somos seres complexos,nah somos simples como uma máquina,somos humnos e dentro desta gama destes seres somos plurais

Jota disse...

nao gosto de poema mas desse gostei

Marra Signoreli disse...

Bonito isso, gostei.

****Josi**** disse...

Fê, lindo poema!Óbvio, que tempos há que queremos apenas sumir, nos esconder para nos proteger daquilo que tememos. Fato é que o mundo não pára, para que curemos nossas feridas. Têm-se que ir curando-se à medida que dá, no andar da carruagem, com o análgesico do tempo a nos fazer suportar e superar certas dores... Nem sempre conseguimos, mas há sempre uma possibilidade.

Silvana Persan disse...

não sei porquê, mas me lembrou Acrilic On Canvas, da Legião Urbana. sei que existem os odiadores da Legião, então, se vc for uma dessas pessoas, creia, isso foi um elogio. talvez porque achei seco e doce ao mesmo tempo.
se minha vida fosse um palco, e se eu pudesse escolher, queria ser a diretora...

bjs

Anônimo disse...

Engraçado como a forma com que você se expressa no poema nos faz tomar parte disso tudo!

Fui obrigado inclusive a editar meu comentário, pois meu primeiro instinto foi aconselhá-la =D

Meus parabéns, mesmo eu que não sou grande adepto deste tipo de leitura (creio inclusive que você já percebeu isso após visitar o meu espaço), fiquei preso até o final deste, me sentindo ainda na obrigação de lê-lo por mais duas vezes =D

E claro, obrigado pela dica no seu último comentário :)

Karla Hack dos Santos disse...

Uma sensação quase soturna me tomou quando li este texto..
É esta contrapartida de verdades e mentiras, este momento de eflexão, que nos transforma em um alguém melhor..
Gostei muito!

;DD

bjus

bsh disse...

Quando as sombras nos atormentam no palco da vida, fazem-nos recuar...

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

James Bond disse...

vc atriz?

Anônimo disse...

Me fez lembrar de momentos ruins, é muito triste, e também muito bom!
Reflexivamente Profundo!

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

As migalhas da vida, as vezes são o que temos que nos contentar.Há quem não tenha nem as migalhas.
Texto lindo!

Anônimo disse...

Temos um selo pra vc ..

Passa lá..

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Abç..

Elton D'Souza disse...

quem nunca ficou assim, querendo sumir. refletindo apenas...

Cristiana Fonseca disse...

Belo, simplesmente belo.
Beijos,
Cris

 
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