quarta-feira, 29 de julho de 2009

Palavras vãs

São estes versos tão impuros
Que me encontram aflita
A rondar as horas de a ti não chegar
O que em mim lateja e não transubstância
Em palavra de sentido.

Persegue a dor da tentativa
De dizer-te o que não sai
Se não de meu olhar distante.
Prossigo tempestuosas desordens em
Vocábulos levianos que outros chamam poemas
E eu teimo: ermas vontades.

5 comentários:

Anônimo disse...

Amiga Fernanda, adoro a leviandade de tuas ermas vontades, que em mim latejam como a febre de aprendiz.

Muito bom voltar aqui e sentir a força, que teu verso comunica.

Um beijo no coração.

Joshuatree

Talita Prates disse...

Belo poema, Fernanda!
Bjo, e paz.

Euzer Lopes disse...

A angustiante ausência é algo que transcende limites, sentidos.
Aumenta temperatura, acelera batimentos cardíacos e mistura pensamentos, transformando-os num emaranhado de coisa alguma.
E tudo se dissipa com uma imagem que traz de brinde o sorriso.
É ou não é?

Filipe M. Vasconcelos disse...

Lindo poema Fernanda..
Nossos olhos sempre falam mais.. sempre dizem mais do que palavras que insistimos que apareçam..

Nayara .NY disse...

Impuros que somos por
tantos versos escondidos.
Sem saber o que dizer,
querendo expressar tudo!

Belas palavras!
Bjos

 
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Degustação Literária by Fernanda Fernandes Fontes is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.