quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A espera

Não me sento à frente da tv. Ando pela casa arrastando pensamentos e esquecendo meu corpo no movimento das horas. Já são muitas as passadas do ponteiro desde a espera daquele mês. Nada, nem um sinal, minha sina. Meu credo rogo a favor da passagem, da descida, da crença de ser impossível para o momento.

Chamo Carlos ao telefone, inquieto ele também:
- Apresse as armas, aponte as inquirições. Não há mais que se esperar. Avante ao encontro, ela teve sua chance final. Tola!

E Elza amanhece morta, ensaguentada, corpo em fétida decomposição.

- Agora é a sua vez.

3 comentários:

Filipe M. Vasconcelos disse...

Olá minha querida amiga.. Ando percebendo mudanças em sua poesia.. Se não as notei antes, perdoe-me.. Mas fato é que devo enfatizar a mudança que vejo..
Você tem incluído personagens nos poemas.. Vide: Feliciana, Elza, Carlos, Eulália. Isso está me parecendo novo (mesmo que, desculpando-me novamente, tu tenhas trazido personagens a poemas mais antigos). Antes você utilizava pronomes na terceira pessoa, quase sempre no singular, como "Ela, Ele" e assim por diante.. Agora passou também a utilizar nomes concretos, nomes próprios.. Estou gostando do que vejo, mas me pergunto: será que a Fernanda está um passo entre o poema e a prosa..? rs
O fato é, estou gostando do que vejo..!! Desculpe por alugá-la com análises, por vezes, incongruentes... Um beijo!

Renato Oliveira disse...

Olá,

Ao procurar perfis com interesses parecidos aos meus, vim parar aqui.

Achei interessante as postagens.

:D

Laís Ponez disse...

Fê, me vi nessa poesia!

 
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