"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença."
Érico Veríssimo
Importa soltar palavras ao vento, como quem nelas não crê e as semeia ao terreno de pisar inverdades? Vale dizeres vãos, que insinuam caminhos que não serão percorridos, estradas de entendimentos batidos a pó e descaso? Por que felicitar o hoje apenas, sem pensar no que restará pela vida?
Não entendo porque tombas o olhar ao chão para comer migalhas. Não entendo o choro que teima em lavrar um rosto sulcado pelo cansado de se ver envolto às dobras que faltam a circularidade dos dias. A transitoriedade que reverencia uma indiferença que não tem outro motivo se não o de causar dor; eu não entendo.
O cansaço de ver um nome preso às horas diárias sem que valha algum mísero sabor, trás às mãos sangue frio que goteja um céu sem valor. A tristeza que existe, ao contrário dos antigos anos, revela a ideia de um homem não tangível, que despreza alegrias e cultiva frivolidades corriqueiras; um homem que mata fulminando indiferença e vive da alegria de seu ato.
6 comentários:
Isso foi algo do maior tamanho daqui! Tão real e belo, de explosões incessantes.
Belo, simples e estonteante... tudo ao mesmo tempo... uma delicia de ler
lindo de se ler... sua especialidade né? poesia em prosa...
Tão lindo e tristemente real... Ao menos as agruras da vida inspiram belas palavras. Bju grande Fê, aparece menina! Saudades de ti...
Muito lindo seus textos, transmite particulares da autora, forma simples de entendimento e causa emoções inexplicáveis
Que lindo amiga!
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