Não, meu coração não é maior que o mundo. / É muito menor. /Nele não cabem nem as minhas dores.
Drummond
Enterro o pensar em costumes.
Tentando acertar o que nunca seria.Visto o olhar de assim será
Mascarando-o de será assim.
Nada é constante, além das auguras
De minh’alma.
Somente a dor é cíclica e me pertence.
Como pássaro que voa preso na limita liberdade de mim.
A terra que acolhe meus pés
Não sente; fluida vontades pouco permanentes.
Transita sentidos, passagens.
Não incrusta, navega na frouxidão das superfícies.
Mundo: o que farei pra ti?
Pressinto nossa queda; mas como?
A minha, ao chão; a tua... pra onde?
Preciso ver para nos salvar.
Meu olhar anda marejado;
Meu entendimento, concreto de cinzas, fumaça.
Não podemos fugir de nós.
Precisamos nos entender.
2 comentários:
salve a fernanda. de tudo.
e salve!
adoro seu texto. ritmo, paixão, profundidade, emoção...
aos poucos, bem aos poucos, vou me cabendo. e me sentir assim tão perto, às vezes resvalando em mim mesmo,
me sinto, me sinto, me sinto...
(pra você)
Nem dá pra comentar,
È Lindo!!!
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