terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

I

Só tenho direito a dor.
Fria, pulsante, purgante...
só a ela posso desejar.

_ Livra-me do fardo de não ser.

Seja sublime em tua essência
delicada, distoante...
Corte minhas veias e
faça fluir,
translúcido,
meu permanente caos.

_ Minha quimera de purificação
e penitência!

Nobres os que te têm
como calvário.
Só tú entendes a vida.

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