sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Ciranda
Haviam noites de sonhos de paz em mãos de peito; de paz de mãos ao peito dos sonhos; de sonhos de mãos em peitos em paz; de paz em mãos levadas a sonhos de peito.
E de peitos de mãos sem sonhos, sem paz.
Esta é a ciranda.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Vertigem
Tropeços.
Quedas.
Há que se errar,
Entenda.
É permitido.
Entenda.
Caminhos turvos
Vertigens,
Trôpegas pegadas:
Entenda.
Estradas de chegadas
Levam partidas
Para nunca e
Fim.
Entenda.
É fatídico.
Entenda.
Concreto chão
Que não sustenta
Deslizes.
Entenda.
Aconteceu.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Aniversário do Degustação Literária
Hoje é um dia muito especial para mim, pois este espaço completa um ano. E que ano maravilhoso! Muitos encontros, experimentações, artes, amizades, sorrisos e até algumas lágrimas.
Sou completamente apaixonada por literatura e escrevo desde os doze anos. A idéia do blog surgiu por uma necessidade de exteriorizar uma arte de catarse, de afirmação, negação, de belezas, levezas... E aos poucos a brincadeira se transformou em uma parte de mim e os textos foram se conectando de alguma forma. Recentemente brinquei com um amigo dizendo que somos a nova geração literária (sempre pretenciosa..rs...), "os degustadores"!
Me encanto com a pluralidade de conotações que um texto pode trazer, com o fato de muitas pessoas se identificarem com estas letras e me "sentirem" de alguma maneira.
Desafiei alguns amigos queridos a expressar, de alguma maneira artística, a essência deste blog. E recebi preciosidades. Convido vocês a clicar nos links abaixo para sentir o que cada um expressou. Nos nomes, você poderá conhecer um pouco sobre os blog´s e canais do youtube destes queridos amigos.
Obrigada a todos que visitam este espaço, aos amigos de Portugal, aos que acompanham o blog, que o linkaram, que me mandam email´s...enfim...a todos vocês.
Abraço forte com sabor de felicidade!
Francisco Crescêncio Júnior - Degustação de Cordel
Francisco, obrigada por trazer uma nova experimentação a estas letras. À nós, novos desafios musicais...
O amar, sempre exigente
Degusta
Dias, tardes, manhãs
Posso degustar sua casca
Na crueza cruel da maçã
O tempo masca as gomas da infância doce e ligeira
Degusta quem tem juízo:
Qual Kant em ontologia mineira
Basta um impulso da língua em direção ao que é
E a degustação se confunde com cálido sabor das marés.
Degustar é negação do olvidar
Aguçada elevação do querer
Que possuí em si suas regras para que possa aprender.
Que o desejo não se faça tarde
Que o ator não seja covarde
E se atire sem cordas ou destino
No desatino essencial de encontrar
Que consiste no choque assombroso entre a busca e o próprio lugar
No gosto de beijos de amor se pode fazer um lar
Nas delicias de histórias de fada uma criança a sonhar
No paladar vigoroso um Drummond a saciar
Na cozinha da vida prosaica venturas experimentar
Degustar os vinhos da existência
Entre dores e pisoteios
Degustar é sorver a história
Que a vida é fim e meio
Na boca da noite fria a solidão degusta humanos
Em pratos de louça branca a fome degusta seus planos
José degusta Maria
Maria degusta seus filhos
O trem degusta e com pressa,
Engole e devora os trilhos
No amor,
Na necessidade
Na paz,
Num blog estelar
Degusto diariamente a arte de degustar!
Flavitcho - Degustação
Flavitcho, pensar em você é sentir alegria. À nós, muitas divagações e respostas...
O sentimento transborda.
Há quem o liberte.
Há quem o guarde.
E há quem o liberte guardando:
Degustação.
Sentimento puro.
Toques de criatividade.
Releituras, intimidades.
Sempre sentimento.
Seja nu ou vestido,
cru ou cozido:
Degustação.
O sentimento chegou
e aqui encontrou o seu lugar.
Combustível dessa gente
que vive de amar - e sofrer.
Expressão, emoção:
Degustação.
Depósito de sentimentos.
Coleção de fatos.
Choros, sorrisos.
Emoção, reação.
Fui convidado a degustar.
Degustei...
E gostei.
Filipe M. Vasconcelos - Paladares
Filipe, obrigada pela amizade, companheirismo e presença. À nós, vários cafés...
Entre poemas,
me perdi
Me perdendo
Não pude lhe encontrar
Nas sombras dos seus versos
Construí
Labirintos sem pensar
Escrevias, pois, poesias doces
Tão saborosas para degustar
Mas com o passar dos anos
A doçura dos seus planos
Criou versos
Tão amargos para amar
Portanto me recolhi,
E tive medo de saborear
Os versos de outros amores
Cujos espinhos de todas as flores
Só faziam me sangrar
Assim me despedi
E recusei os meus sentidos
Mas com o tempo aprendi
Que o sabor das coisas que vivi
Esteve nos erros aprendidos..
Euzer Lopes - Degustar
Euzer, pensar em você é pensar em companheirismo. À nós, todas as alegrias do novo...
Gustare.
Gostar,
Gosto.
Em agosto? Setembro? Primavera? Verão?
Sem desgosto.
Gosto gostoso.
Gostar. Degustar, apreciar, paladar.
Sabores.
Nas mesmas vogais: amores.
Amores degustados
Amores gostosos
Amores gostados.
Amores digeridos.
Amores desamados.
Amores contados em blogs.
Amores postados e comentados.
Amores vividos.
Sabores de amores.
Degustação de leitura de amores.
Degustação de leitura.
Degustar...amar...viver...
Alex Barzan
Alex tem uma paixão que me encanta: ele vive o piano com uma intensidade, com um gosto de necessidade, que é maravilhoso. Além de ser um excelente pianista, tem uma sensibilidade artística rara nos tempos atuais. Possui um canal no youtube com algumas de suas interpretações, este aqui Alex Barzan . Se brinco que nasci na época errada, ele então...
O vídeo abaixo é um improviso no piano que diz tanto... para ser degustado com olhos e ouvidos.
Alex, obrigada pela presença, pela sensibilidade e pelas críticas. À nós, uma explosão de emoções...
Alam Oliveira - Deglutição Literária
Alam, obrigada pela divulgação e presença. À nós, tempo livre para a escrita...
Em um espaço virtual o leitor depara-se com o real e imaginário; e ainda possui prazer em saborear ou, em uma metáfora avaliar pelo paladar as palavras, que mesmo tendo significados carregados e negativos são transmitidas com singeleza e perspicácia que conduzem quem as lê à reflexão crítica ou emocional.
Quem degusta não degluti apenas, mas diante de poucas ou muitas palavras se depara com o sabor das palavras em contextos diversos.
Parabéns Fernanda, autora, idealizadora e escritora do “Degustação Literária”, que em apenas um ano conquistou leitores, amigos e o interesse de muitos tantos outros em utilizar parte do tempo que utiliza a internet neste espaço enriquecedor!
domingo, 15 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Entrelinhas da percepção
um sorriso mudo.
Uma timidez obscena,
calculada,
de uma metódica
sensualidade.
Pois era uma esquina
abstrata da vida.
Um encontro fortuito,
um desarme despojado
do que sou.
Pois era um brincar
ilegal de ocultas
palavras, de embalos
e silêncios sussurrantes;
traço fino de
múltiplas revelações.
Pois era um desejo
ânsia de um querer;
grito sutil
de ser este
por mistério.
Pois certo é:
meu corpo,
encaixe perfeito
de tuas mãos.
Me leve.
Eu te sinto.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Ménage à trois
em um corpo.
Três verbos distintos
em um corpo.
Três verbos...
um corpo
um corpo
um corpo.
Três corpos distintos
um verbo.
Três corpos distintos
um verbo.
Três corpos...
um verbo
um verbo
VERBO.
Quem é o pai
dessa criança?
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Poeminha mineiro

Traz esse meio sorriso
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Carnaval
lustradas pela ilusão
de dizeres sem profundidade.
Alucino-me de criador
em obras mal construídas.
Espero rasgar minha essência
e fazer dela confete.
Para chegar-te em festa.
Cantar o tom do esquecimento
que toca tua canção.
Lapidar, sem pretensão,
as horas - já não importam
os horizonte que avistei.
Par de tangos, meias e metades.
Só o crivo que separa
a felicidade e os outros.
É este, é aquele, é o não.
A clave que vibra
o vislumbre do talvez.
Do desejo, da dor.
Suspiros e declamações!
_Toma:
pra ti.
Quando seria - ou será?-
nós?